sexta-feira, 4 de julho de 2008

é melhor esquecer tudo que eu disse, digo ou direi.

NADA DISSO FAZ SENTIDO.



A LINGUAGEM NÃO TRANSMITE INFORMAÇÃO ALGUMA!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Ego

eu juro que tento, não consigo
só solto um sussurro com pretensão de grito:

sai da minha vida!

mas não sai, se aloja dentro do peito como amargura,
como angustia que vai corroendo e crescendo, comendo tudo por dentro
por dentro da carne fria e vai doendo os órgãos e vai quebrando os ossos
e vai subindo à cabeça e aflorando na pele e tomando a mente, que pesa e eu sinto meu cérebro pensar e se desgastar até virar caldo de lambreta estragado
esse sentimento horrível que nem sei dar nome, não sei definir
não sei nem mesmo sentir
sem chorar

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

ensina, principalmente, nossa mente a parar no ar...



" Vem, Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Já que todos somos um.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, os raios de sol para fora de ti.
A dança conduzirá a teu ser."

Rumi – poeta Sufi

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

SALVE SHIVA TRANSFORMADOR

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

preferia não ter visto a capa daquela revista...
é bom quando se perde o saco de intrigar.
adverbiando o tempo,
o espaço esquece o apego.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

saudade, cara

eu realmente não esperava voltar desse jeito e coisa e tal.
fora a chuva que brecou minha viagem - e isso desanima, desanima mesmo... ainda mais quando é um retiro, e é aldeia - em canaã com kanaã...
mas é recuperável, pensando que foi a chuva e ela é sábia, não era pra ser, não foi, não vai.
Mas essa história de babilônia me dói a mente, ela pesa... minha cabeça. ai, como pesa. e computador é coisa que eu devo voltar a evitar.
Daí bateu uma saudade funda, de um amigo que não vejo faz tempo e penso que não vou mais ver, digo Ver. que agora ele tem uma namorada com problemas pessoais comigo. e eu entendo, sabe? entender, entendo... faz sentido, mas sinto uma falta enorme da despreocupação que tinhamos. uma falta que não é aqui, é lá. se é que entende sem gestual...
é, ele é dos poucos que, agora, eu sinto que acompanho o ritmo. e ritmo é muito importante pra ter harmonia.

sábado, 5 de janeiro de 2008

silenciando

é coisa de verbiar:

te(n)são

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

essas coisas de orkut

Sorte de hoje: Seu destino mudou completamente hoje

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Adoro quebrar espelhos

Só que fico pensando no azar.
Atrás de todo espelho tem uma porta p'ro quarto da desespero...
Só que fico pensando no azar.
Atrás de todo espelho
tem uma janela
p'ra casa da desespero...

domingo, 23 de dezembro de 2007

cantar um mantra antes de dormir

As vezes me caio no constrangimento, não sei explicar. é uma mistura estranha de proximidade e distancia. foi tudo muito rápido, e fora o ê eu gosto de paulistas. mas então vem um desenho do goia e uma referência a outra pessoa. um cheiro nostálgico do apartamento da dois de dezembro e da doença que eramos nós dois [duas amigdalites cronópianas felizes], jogados numa cama suja de lençol quase sem elástico. A nostalgia foi meio perturbadora e o corpo suado de febre do meu lado pedindo socorro só fez eu me encolher ainda mais contra a parede amarela... ou laranja, havia uma amarela e outra laranja. E derepente, disso tudo, surgiu um Afeto de letra maiuscula!, uma coisa tão grande que eu podia passar o resto dos meus dias ali, sem referências ou nostalgias, era inteiramente novo e limpo e deslocado do lençol e da parede e do mac ali na frente.
mas não sei explicar o que destoa. Que de nada em quando já havia tom de discução, um quase choro no meio da rua, acusações e olhares muito, muito bravos.
Eu sinto que ele me enxerga além de mim mesma, reflito.

e junto com o vento foi meu talento

Eu tinha, eu lembro.

ontem eu li um blog de verdade. fiquei atordoada. Mas foi só hoje, quando por acaso me mandaram o link de outro blog, que percebi, o que tenho é outra coisa, é diário. perdeu a estética e o cunho literário. - e isso é meio triste. eu tinha um blog, eu tinha uma escrita, pra onde ela foi? deve ter ido junto do vento do arpoador, ou o daime levou junto da promiscuidade.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

fazendo as pazes com o cinema

é engraçado como é parecido, parecido... assim: igual! outro sentimento, outra sensação, que sempre leva a uma catarse absurda! tenho visto bons filmes. muito bons os filmes! e sempre começo com desgosto, arrependimento de ter começado... desanimo e até desistencia, não sei bem porque, continuo. e no fim é aquela emoção que enche o peito e nem dá pra escapar dela por lágrima, porque é grande demais e inunda.
bons. muito bons os filmes...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Não se preocupe!

Não se preocupe.
Não se perca em neurose,
Antes de supor, pergunte.

deve ser estranho para quem está fora
fora dessa casca que se dá o nome "barbara"
que não dá nome aos bois e marca tudo com ferro quente escrito Amor
deve ser distorcido o entendimento de quem não está dentro
dentro da mesma visão de cosmos, dentro da mesma miração,
é difícil falar na língua de quem está em outra viagem.

De mim pra mim, não preciso nem falar, me entendo no instrumental
e às vezes eu acho que quem não está dentro pode entender também
a minha forma de dizer com palavras contrárias
sem olhar e só dizer ou vice-versa-vice,
sem falar nada e esperar o sentimento crescer tanto que atinja o Outro.
Mas falar disso é crer na Separação.
E não faz sentido, porque Tudo é Um.
Essa é a minha viagem.

ps. adoro o jeito dos atores de falar tudo o que passa na cabeça

grafia distinta

Quando a noite vem
e nos músculos exaustos do teu braço
repousar frouxa, murcha, farta
morta de cansaço

vou repetir aquele lindo refrão, dizendo, meu querido, Drão, o amor da gente é como um grão
uma semente de ilusão e tem que morrer pra germinar...
soltar-te numa mordida, no destoar da música, fazer-me nova semeadura
num ritmo tranquilo, calma em canaã
(isntrumental)
pensei ser ventania, mas veio chuva forte, trovoada. me prendeu na tua casa, tua? não era nossa, nem a estrada. fez-se boa conversa e um beijo sufocado de ar sufocado e ausência de espaço, vácuo. Não dá para largar. Eu quero simbiose. é tão sincero... tão... como não lembro nunca ter sido... talvez tenha, mas a amargura fez esquecer. Da fala e tudo enterrado. morre e nasce e morre estátua, dura. conta-me um conto e quero te embalar no sono, te dar o colo e
antes
antes que eu possa ousar você já fez, e faz de mim o que quiser
me inunda. e é este o verbo. me inundo em verbo
e é compreensível o medo, pois não é hora
Não é a Hora
e um dia, enfim, será? te dou um filho, então,
na hora.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Morre nasce, trigo, vive morre, pão

esqueço o burburinho dos últimos acontecimentos e sou inundada
sou inundada por um mar que não é meu,
que não parece... um mar forte de praia branca
uma praia que parecia mais distante do que realmente era
e era presente. um presente esquecido, não buscado,
como a praia do passado daquele filme bonito
e eu me descubro um Grão [ como do Gil, a ilusão ]
me planto nalgum lugar que nem imaginei...
nunca imaginei...
que seria tão bonito...
foi, foi tão bonito.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

cantarolando

o sol larararilararará...

Pois é,

então, muito chato. triste e tal. agora é superar, ocupar tempo ócio pra não pensar em besteira. chorar um pouco as vezes faz bem... mas só um pouco, se não cria apego com o sofrimento... a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
eu queria que um dia ele me falasse o que sente.

sobre o desgosto

quando se sente uma coisa muito ruim, tem que tentar transmutar, se não ela te sufoca junto do gás do banheiro.

Mudo

Vo

Mu
(d)
o

você mudou
você no mundo não falou
mu(d)o
mucevou te amar
será nidri quetá
cêrá? será quisso mudou?
ará a ba experimentou
mental total anal
faltou expulsar cor
[do teu amor
no meu colchão.
não sabe aonde está
aonde está o caos na paz [ziiinnn]
é preciso mentir?
mu e tal, mental demais
mudou o tao
mudou o puro chão de esgoto
manteu-me acendeu
largou num corredor,
o Amor.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Eu fiz um samba

Abraço Partido

Tenho tanta coisa pra te dizer
Mas posso resumir...
Num abraço apertado - Num abraço de choro contido
Você me pergunta: o que foi?
Num é nada contigo...
Só quero um abraço...
um abraço que possa me dar um pouco de fé

lembro do rosto dela, lembro do flerte, da tua espera - que foi?

Porque...? me diz porque_eu nunca vou entender
o que se passa no que não é dentro de mim(?)
E onde é que fica o contato com o Todo,
onde é que tá a separação(?)
Que parte sua é do todo
e que parte do todo é que é minha?

me sinto tão sozinha, e com você - eu fico tão completamente... Vazia.

Que foi?

os braços parecem não importar... os braços parecem não importar?
se são quase tudo em que mergulho, se não o todo em que me entrego. mas são de quem? eu não sei mais. eu não sei nunca, eu nunca soube. se hoje e ontem e amanhã serão desses outros tantos, que sei não mais que um nome. e se não soubesse, talvez não me deixasse tão vazia, porque o nome estaria comigo, estaria escondido comigo em alguma gaveta, numa compahia muda de quem nunca esteve e nunca prometeu estar.
Só que hoje não faz mais sentido pensar no que não está dentro de mim, é só ilusão, criação subjetiva. eu nunca vou saber mais que um nome que termina com que.

domingo, 2 de dezembro de 2007

já pensou num nome que termina com quê?

sábado, 1 de dezembro de 2007

noites escritas a giz

ontem foi uma noite estranha.
hoje me revirei na cama e continuei semi-sonhando, eu acordei com uma dor muito forte, e demorei pra percebe-la, a cabeça latejava e eu fiquei criando situações imaginárias. me contorcia sem perceber que meus pensamentos já estavam atacando meu corpo físico.
quando se está em silêncio interno, toda a inconstância se dissipa.
mas é difícil cessar o diálogo interno.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

sem intenção

corre pra entrar no mar, que tem medo de água fria, e se molhar o pézinho antes de entrar não entra. corre pro mar e pula, sai pulando desajeitada, vira de costas quando a onda estoura e cai, é levada, mas vai entrando, com dificuldade, que é pequena e o mar é forte. vai sendo puxada... vai sendo levada... não sabe pra onde, mas vai, vem vindo a onda e ela é grande... grande demais! Mergulha e tenta alcançar a areia, sente o borbulhar sobre sua cabeça. é levada, mas só um pouco. e vai alcançando distancia com a ajuda da correnteza. tem dificuldade de nadar, é que... não sei o que ele sente, mas deve sentir alguma coisa, tem dificuldade de respirar, a água está muito salgada, tem que sentir alguma coisa, ele não é tão inalcansável quanto parece...passa um pouco da arrebentação, arrebenta o coração, vem onda atrás de onda, nem dá tempo de se recuperar. elas são cada vez maiores... acha que vai morrer, não vai conseguir sair nunca daquele mar, nunca... mas sai. vai voltando, devagar, com ajuda das ondas, arfando e mergulhando pra fugir do estouro. sai cambaleando das águas e cai na areia, mal pode respirar, está num êxtase supremo. nessas águas jamais vai perecer, pois é delas, filha

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ninguém nunca vai saber

eu não sei exatamente como agir.
é ridículo como tudo parece estar de cabeça para baixo
a verdade é que estou triste, e não achei que fosse da forma como me foi descrita. achei que era bonito e especial, era isso. e será que é possível ter estado tão distante assim? pode minhas sensações serem tão diferentes das sensações externas? isso não faz o menor sentido. não faz. o que é Real??? Não pode ser toda a realidade reflexo interno!
pontuação não faz sentido mais não agora não pra mim
está certo, vou fingir que o mundo não desabou,
ignorar toda essa vontade louca e tentar dormir... é, eu vou.
Mas acho que não vou conseguir. Sinto vergonha de mim.

domingo, 25 de novembro de 2007

me sinto um monstro

Me sinto intrusa.
Intrusa em tudo.
Me sinto como aquela carta de tarô
[do menino olhando por trás das grades imaginárias.
Me sinto no lugar errado.
No lugar que eu não quero estar.

mais pra mim que pra você

Eu pensei em muitas coisas mas agora tudo meio que desabou.
Mesmo as vírgulas que me confundiam com tais espelhos, as lembranças da menina mais linda do mundo, a que só de existir me encanta e envergonha e causa um certo desconforto, que voltaram com o peso tempo... a estranha sensação de fim, que eu tentei escapar mas não deu certo e chorei, tudo desabou.
E meus olhos não se encheram de água por cansaço, cansaço de chorar por todas as outras coisas que pensei. Eu desabei por dentro.
Nunca quis te fazer chorar, desculpa.

sábado, 24 de novembro de 2007

do tal do tchau

Ficaria tudo bem, eu iria continuar andando, com ou sem ele, e quando o ônibus chegasse eu iria me despedir, da forma que fosse, subir e ir embora.
Mas não foi assim. E passei o resto do dia corroendo em culpa.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Quando se encontra

Espero no ponto da saída dessa velha estação, onde outrora você passou e parou e pediu a si mesmo Não Vá. Eu vi o trem chegar e não corri, eu dancei, esperei você reaparecer onde jamais imaginou que passasse um trem. E pego o trem errado procurando te encontrar, eu passo pelos móveis daquela praia, esquecida, tingida de brilho que quer ser estrela. Ninguém gostou
só nós. Você achou
confuso. Eu te peço
espera. Naquele tempo tudo parecia tão perto.
Eu ando pela ponte, eu tropeço na cruz, imito tua estrada, rodopio no poste-sustento do céu do sertão. E vejo o cartaz.
Um cartaz sem graça, sem nada, sem nome ou instrução. Um cartaz quase feio, sem jeito querendo não estar ali
Colado
Me confundo me perco me fundo me esqueço naquele cartaz.
Eu sou o cartaz colado, lacrado, sem graça, sem nada. Sem nome ou instrução
Quase feio, sem jeito querendo não estar ali,
Até dez de fevereiro e quando chegar, não precisa mais chorar, querido.
Vem lusa romaria nos salvar do nosso amor.
Faço do seu corpo minha espada, enfio no peito. Faço do seu corpo, espada, enfio no peito. Faço do seu corpo, amor, minha espada, enfio no peito. Mereço morrer
De desgosto? De gosto de te ter dentro de mim.
Eu ando na cruz, eu me perco na ponte, me esqueço do estrago, trago do seu cigarro. Faço conto-música, num tom diferente em lá. Um lá tão estranho, contrito, presente, pesado e denso – como dó – num jardim vitoriano, ou num metrô pós-contemporaneo, mas é preciso cuidado a rima destrói todo o sentimento, faz soar falso o mais puro alimento da horta.
Eu dou um giro na ponte, eu me encontro na cruz, eu caio da madrugada.
dou um giro no espaço e me entrego pra luz. É meu destino girar,
para eternidade girar, no infinito escuro da águia. E me perder nas palavras
de um tempo passado
Me peco no esquecimento, já não lembro seu nome, seu rosto, seu corpo e espaço infinito do todo. Que parte minha é do todo e que parte do todo é minha, ela suspirando, perguntou pra mim, num gozo sufocado, de roupa nova, na esquina de outra história. Lembrança passada voltou, e se atirou no mar.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

falar com ele é sempre bom.
e, ó, céus, como ele fala!

de tranquilizar

esquecer do nome
mas saber que ele sempre está
comigo está
guardado comigo
em alguma gaveta.


Eu estava me matando, ainda bem que percebi.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Do Último Arpoador ou O Dia Em Que Deixei Voar Nossa Estética

Deixa eu te contar, deixo de bobagem, a estética no fim vai ser rasgada, jogada ao vento. Jogada ao vento do arpoador, todas as palavras que não te disse. Não te digo.
[Só em sonho.
E se fosse, talvez, ensonho, você percebesse que eu preciso ouvir respostas, sem precisar perguntar. Sem nunca te perguntar. Pois aprendi que certas coisas só são ditas pela alma.
Ninguém nunca vai saber que é o você, ninguém nunca-nunca-nunca-nunca vai - em breve
[É segredo de mim comigo.
A estética fugiu com o vento, sem que eu precisasse cospir antes no papel, junto do beijo que o calor da pedra roubou da gente.

Dessa Noite

Não dá bem para lembrar eu sei que estávamos no México, alguma cidade mágica e perigosa, perto da fronteira de Brasilia. Andávamos rápido, eu, você e um Outro que não me lembro, acho que não conhecia mesmo o rosto dele. Vocês dois estavam com blusas vermelhas estampadas, era o uniforme de um restaurante. Eu sei que era inicio de um feriado e lá eles tinham uma politica escrota, você não podia abandonar o restaurante... não sei bem porque. E estávamos fugindo, alguns funcionários do restaurante (que ocupava mais de um quarteirão inteiro) puxava-os pelos braços e tentavam chamá-los de volta. Andávamos apressados.
Num dado momento pensei que já tinhamos deixado o restaurante para trás, mas aí vi que tinha mais um logo a frente, menor, que estávamos quase conseguindo sair de lá... Quando corremos para um pequeno largo, saindo da rua, percebi que lá nós já estávamos a salvo, era bem perto do lugar onde deveriamos pegar o ônibus, mas só estávamos eu e você. Logo atrás veio uma mulher do restaurante, pediu desculpas, mas eram as ordens que ela tinha... nos entregou os restos do Outro, tinham transformado-o em pedacinhos de ouro. segurei o na mão e prendi o choro. Já estávamos quase livres, só precisávamos chegar ao ônibus... eu não sabia onde era o ponto, mas era perto de Brasilia, você sabia.
- PIXXX, raios cósmicos e muda o espaço tempo. Eu Lembrava de um sonho que vivi, em que o Felipe tinha morrido. Aqui eu sabia que ele tinha tido uma experiencia de quase-morte, ele estava bem. não lembro da ordem cronológica, passaram milhões de coisas que fugiram para o meu inconsciente, a antiga pscina a]da minha casa, minha mãe, vocês e um biquini grande demais, tudo se esvaiu...
Estávamos eu e você na sua casa. ela balançava como um navio, estávamos no meio de uma viagem... ainda em uma missão que não lembro qual. Você deitado no sofá, eu sentada na cadeira. alguma coisa aconteceu, não lembro, eu fui até você, nos abraçamos e te beijei, você virou o rosto e me abraçou, com tristeza. eu entendi, voltei para a cadeira.

Só que, agora, não entendo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Wond'ring Again

estrelas e mar e tudo bem claro, o céu tem gosto de corpo vibrando, as água-vivas voam tranquilas brilhando ao sol, o retorno daquele rei que traiu as tradições não aconteceu, como nas previsões de água e sal. As árvores sussuram aos nossos ancestrais que há milenios cantam nas estrelas, as bolhas em tom de exclamação brincam com nossos cabelos, a mágica transpira pelos rostos azuis e olhos de caleidoscópio, um beijo de amor a primeira vista e cabelos de tangerina... dançamos pelas águas azuis-verde-rosa. e no crepusculo a quietude da mata transborda em nossos corações, o silêncio brinca com as notas, que cantam à morte que a eternidade chegou mais cedo esta noite. cheiro de ser criança.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

posição de leão-do-livro-do-bolinha.

Reconhece a combinação de letras. não, não pode ser... é, é mesmo o seu nome. poe a mão sobre a boca em reação de espanto, olhos semi-arregalados, balança a cabeça negativamente... ó ceus. não. a vergonha vai dominando por dentro, entrando pelos cantos dos olhos e pela narina, vai circulando por todas as vias, rodopia na mente e chega ao coração, cercando como rajada fria de vento. Esconde os olhos fechados com a mão esquerda sob cotovelo apoiado na mesa. dá pequenas olhadinhas para tela, para a palavra "virtual", voltando a posição e soltando pequenos risos nervosos. Levanta, anda um pouco pelo quarto, sai, vai até o corredor, olha no espelho, lê o lembrete "A importancia pessoal mata!", volta... até a metade, vai outra vez, olha no espelho, repara no cabelo bagunçado, lê outra vez, volta. Senta na cadeira, esfrega os olhos e fecha o orkut. Fecha todas as janelas virtuais. E sente-se ridícula.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

das paixões destas noites

Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo! olha praquele balão multicor, como no céu vai sumindo...
Foi numa noite iguala esta que tu me deste o coração, o céu estava assim em festa porque era noite de São João. Havia balões no ar... xote e baião no salão e no terreiro, o seu olhar, que incendiou meu coração!
Olha pro céu, meu amor...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

sufi

tento descrever a sensação. tento escrever o som, ele foge. fica o silêncio, me confundo, não sei o quanto conforta e quanto enlonquece. me pego no fundo. o silêncio, ele simplesmente é. e é tão intensamente, tão imensamente que impede que eu ouça qualquer som, tudo que está fora se esvai.
estou aqui, perdida no silêncio de mim mesma. no abismo do intervalo de tempo. não tem si, nem dó nem lá... me perdi, até mesmo, da solidão das outras notas. as cores, fortes, cegam meus olhos. a Luz, cega aos olhos desacostumados. Eu fecho. queria que as aguás invadissem meu rosto. gosto de me ver chorar, finjo que estão me vendo. Mas eu não preciso mais me mostrar bonita. Eu não choro nem me olho no espelho. Eu esqueço. não espero, não escolho, não existo junto ou sem ninguém. Me perdi dos números e das letras, e das frases, dos panos, e das ruas e das olheiras de madrugada que a insonia karmica me causou. Me abro por completo, deixo de ser Eu. Você me fazia falta, Deus.
Sou agora poeira de estrela, girando no cosmos.

espera

Fico esperando os ponteiros quebrarem,
esperando meu coração bater e minha fala falar.
Fico esperando meu corpo te dizer
Eu te amo. mas nem sei se é verdade,
é uma ternura que me dá vontade de te abraçar
e de me guardar, junto de ti, dentro da concha
,da solidão de nossas almas.

domingo, 14 de outubro de 2007

Escolha

A, que será que eu faço?
dúvida que corrói o corpo e a alma.
já faz tempo... e muda a todo tempo!
Que São Miguel me ilumine os caminhos
que tudo que Deus dá é bom.
O que será preciso para que eu possa Escolher?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

é a semente .

eu voltei. e a chuva não chuveu como disseram nas previsões de sal e gelo. todo lado que eu olhava só via você. milhões de você. e gostei de vê-los, cada um, mesmo porque, me lembravam seus braços fortes, tinham na pele o seu gosto de canela, seu cabelo arrepiado e o sorriso de criança. Te procurei em cada um. E em cada um te achei aos pedaços. Lascos de você que me confortam, como num sonho. Numa idealização infantil de criança de pijama até o pé agarrada ao ursinho. Porque me dá tanta insegurança nos dedos? é sempre assim, não é? eu já deveria ter aprendido... mas a expectativa é tão boa... a mais maravilhosa e dolorosa crianção de deus é a possibilidade de um amor.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

resposta pra ninguém

Eu me divido, em duas, em cem, em mil.
e não consigo dirigir este teatro de mim mesma, dividida,
em criança-adulto, em palavras-silêncio.
sou ator, escritor, diretor e publico, e a luz quem dá é deus.
Flores e trevas me assombram, cada um por seu lado, cada um por seu tempo
, frio e calmo.

agora paro.

de repente eu me senti vazia
e senti a solidão arranhar meus ossos
como bicho que vem destruindo por dentro
, que faz doer todos os orgãos
meu corpo é fraco, fino, quase se desmancha pela força que carrega.
mas não choro. desaprendi já faz tempo... choro ácido por dentro,
corroendo todo o meu corpo e fortalecendo o bicho, que grita
, mas só meu corpo sente.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Logo

"...as vezes nesse mundo as pessoas começam a se encontrar como se ele tivesse apenas algumas ruas...te encontro na próxima quadra, ou na única praça, ou logo ali na esquina, ou quem sabe novamente no cinema... mas, talvez nao espere mais o acaso... adorei a cia..."

fech0 os olhos e suspiro. aaaaa... páro um instante de sentir o bater do coração, como índio a espreita na floresta, e abro os olhos, calmos, 23:44 diz o relógio, 13, isso é 4. quatro, que bom!, eu gosto. uma vez li que era o meu número, "meu número", comos e todos já não fossem... mas gosto de supertição e de misticismo, então acho que vai dar tudo bem...

-me

ansiedade. ansiedade que me dá uma irritação profunda e tendo controlar, mesmo sendo quase impossível e estando a poucos passos do abismo, Novamente: o abismo, e o tolo se joga no mar da vida, mas para isso não pode ter ansiedade, deve-se ser sincero, viajar com as estrelas para conhecer a Verdade e então poder ser verdadeiro. caralho. vinte e oito. caralho. eu sou mesmo uma burra, uma estúpida de uma insegura, mas que besteira, e o que deve então ele pensar? deixemos de besteira, a importância pessoal mata, isso é só ansiedade, ansiedade e por isso estou escrevendo, um emaranhado que não vai nunca fazer sentigo algum para quem não for aquele que segue Miguel. ponto. firmeza. isso ajuda a pensar. concentração. segura a ponta com ponto. segura a conta e eu conto: toda a minha vontade agora é de estar com você.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

do céu

10:12, isso é, quatro.
Eu nunca havia Percebido a Existência dela.
Nos conhecemos já há muitos anos, desde que eu era ainda um menino, sozinho e bobo, e nunca reparei o quão ela existia.
Saíamos muito, sempre em grupo, grupo grande, e ela sempre estava por lá flutuando entre as outras pessoas. Todos os rapazes se desmanchavam aos seus pés, eu a achava esquisita. meio, até, vazia. Um dia, ela pegou um saco plastico, e eu percebi que ela estava lá. Meses depois, dividimos o segredo da essência, mas eu estava mais comigo do que com ela.
Só hoje percebo os seus olhos de margarida, o ritmo de andar de manu chao. Do sorriso comprido, agora eu vejo beleza, e o cabelo liso, tão liso e fino como nunca houve antes. Ela é laranja, laranja e amarelo.
E ... tenho que continuar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

den dum

den dum den dum den dum den dum
(...)
Aqui eu vou expor, eu vim para lembrar
O mistério da oração não é somente rezar
É rezar e por em prática e entrar em comunhão
Se lembrar de Jesus Cristo e esquecer a ilusão
A minha Mãe sempre me olha e meu Pai comigo está
Me entrega estes ensinos para aqui eu explicar
Cada um cuida de si, eu também cuido de mim
Vou zelando esta estrada, estou fazendo o meu jardim
O que é do meu Pai é meu, o que é dele eu posso usar
Só não uso o que é dos outros, que pode me derribar
(...)
o mestre está aqui falando bem baixinho
ilumina quem procura, deixando quem não quer seguir...

do abismo, da cortina, ou da fama

eu não esperava por isso, não mesmo...
é boa a sensação... é bom... é bom... acho melhor dar um tempo... para as reticências irem sumindo, gradativamente... isso, gradativamente, que não gosto de reticências..-

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Boa Sorte, Chico.

Pois somos dois tão pequenos, dois tão pequenos neste grande universo, aprendendo a viver, a cada dia uma lição, a gente pode tropeçar, mas não cai, sabe porque? Porque sabemos que somos pequenos, nós dois, nesse grande universo onde, enquanto ainda brilhar uma estrela, eu estarei viajando até ela, eu estarei viajando com você, mesmo sem te ter do meu lado, pois somos dois, tão initamente pequenos, companheiros de uma vida e eu te entendo, sei como funciona sua mente e sua alma, porque sou parte dela, sou creep e você é tão estupidamente especial...

É só isso.
Não tem mais jeito.
Acabou.
Boa sorte.
Não tenho o que dizer, são só palavras e o que eu sinto não mudará.
Tudo o que quer me dar é demais, é pesado, não há paz...
Tudo o que quer de mim, irreais expectativas desleais!
Mesmo, se segure, quero que se cure, dessa pessoa que o aconselha
Há um desencontro, veja por esse ponto, há tantas pessoas especiais...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Mirando

é exatamente o que eu vejo e sinto,
é tudo que eu vejo e sinto e tenho vergonha de mostrar
e tenho necessidade de expressar, e te mostrar
como é bonito e colorido e confuso, a gente e o mundo,
e as veias que correm no teu corpo são as mesmas desta flor
deste lindo beija-flor,
a terceira visão, dê-mo(n)stra, explica as entrelinhas,
o certo e a mentira, com o que se escreve, o que se está

Felipe Filósofo


Ele chegou descontraído,
chegou filosofando num tom de voz meio angelical
Falando das coisas belas
e das coisas simples,
mostrando como o belo pode ser simples
e o simples pode ser belo
Explicando o fenômeno e a compreensão da agricultura celeste
do amor e do coração...
Como vida lhe pediu que tentasse lhe compreender,
Agradeceu a atenção dispensada
distribuindo rosas que colhia no ar,
[que colhia no ar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

azul do klein, puro e sem laranja

No Paraíso, amor, um dia,
[imaginamos cidades azuis
será? será... que é preciso imaginar o Cosmos
[pra compreender?
pelo meu sonho era tudo bem,
você passava e olhava pra mim...
mas afinal, o sonho é um sinal
[que tem fruta madura no quintal do vizinho,
por tanto tempo eu fiquei sozinho,
pelo jornal o mundo acabou.

cric

inseguro, segura o cigarro com os dedos,
opacos, segurando o cigarro apagado
tudo milimetricamente programado,
p'ra não ficar com as mãos no bolso
p'ra poder falar, poder olhar nos olhos
e p'ra poder, quem sabe, até amar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

P'ro Paraíso

Queria te encontrar lá onde o horizonte acaba, lá pra onde as gaivotas vão voando, onde as larvas e rãs e borboletas e beija-flores não tem nome cientifico, deixam de ser lepidópteros, anyzópteros ou coleópteros, onde não existe ordem, familia, odonata ou edonata - não importa. Onde os seres simplesmente existem e se amam, sem ilusão ou engano. Queria te encontrar por lá onde as conchas são uteros, onde tem só carinho, só isso...
Mas você chega e me desperta, assim, só por aparecer, me desperta um ego e um medo e uma insegurança absurda... porque disso?

terça-feira, 24 de julho de 2007

Equilibrio.

No Amor tudo é Verdade, no Amor tudo é Certeza.
Eu voo sob a proteção de mercurio, ele é filho das montanhas.
A Águia nos envolve.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Sou forte feito Cobra-Coral

, é só um aperto no peito que dá as vezes,
uma falta de ar, um embrulho no estomago.
Mas eu abstraio, abstraio fácil.

A tristeza não é bonita, a gente se esquece disso,
o que todo mundo quer é um sorriso no seu rosto,
o que eu quero é um sorriso no seu rosto
[ e um beijo na sua alma.

Gota de chuva, a nota é Si.
Mas Si não é Só, combina com Dó,
e com Lá e com todas as outras notas, como bem,
o brilho de fora brilha dentro também - há sempre de brilhar.

Laranja combina com Roxo,
e todas as cores formam o alimento puro da horta.
Eu hoje Sei, é Arte mesmo. A dúvida se esvaiu
e quando lembro disso a tristeza esvai junto
[vai sumindo como areia no vento...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

alivio

acho que está passando, a, alivio, clareza e visão, já não era sem tempo...
sinto frio nos ossos.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Ontem a noite eu achei que iria morrer de tristeza,
porque foi que acordei ... ?

Cara o que, Cara-Pálida?

Não me chama de Cara.
Não me chama de Cara, se não eu choro.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Chuva

Chove com os meus erros,
Chovem os meus erros. Chove chuva demais pela janela escorrendo, pelo barulho do vento, pela rua alagada onde as pessoas passam passos rápidos, vestidas de guarda-chuvas, sem falar, sem parar, sem nublar nada além de suas próprias almas frias. Frias de chuva e de erros, e de horas erradas, e de palavras erradas, e mentiras deslavadas de chuva chovida escorrida pela janela de frente pra mata que balança com o vento e com o grito dos céus.

domingo, 15 de julho de 2007

14/07

Foi lindo e tão doloroso, tão doloroso, a presença do senhor Buddha Maitreya no salão era indiscutível, era forte demais, não aguentei. Meu corpo não sustentava as costelas e eu ia caindo, eu não aguentava ficar sentada, eu tentei, eu juro que sim, me esforcei ao máximo. Sabia que aquele era um momento unico e sagrado, mas mesmo assim era impossivel continuar em posição de yoga, era impossivel ficar sentada, minha cabeça tombava, meu corpo caia, e aí aquelas mãos me seguraram pela cintura e me deixaram de pé, firme. Mas não foi o suficiente. Era preciso que eu admitisse min ha fraqueza e meu lugar naquela cerimonia. Todos os meus amigos se fardavam. Eu não. eu escolhi assim, não fiz os votos... e quando finalmente assumi, para mim mesma que não, dormi de exaustão.

sábado, 14 de julho de 2007

O Ponto.

O que eu queria era deitar e fazer uma concha nos seus ouvidos, sentir você sentir o mundo, sentir o mundo com você. sentir-se unidade girando no cosmo, no vazio de dentro da concha.
Mas você não se concentra, é muito ansioso.

Eu não me concentro, sou muito ansiosa. Só fico pensando no que eu queria, no que iria, no que seria se não fosse como é. Mas é c om o é e o que não foi, não é.

Esperando o desvirar do vento


- Eu só quero que você vá embora... só quero que você vá embora... só isso...
- Embora? Embora de onde? - E vai. E foi. Que o Vento não teve nem vontade de olhar dentro da caixinha, ver o que ela queria de verdade, confiou em sua palavra surda, de quebrar janelas, e o levou embora de sua vida, junto com as gaivotas do final da tarde.
- Era mentira, era mentira! volta, porfavor, volta... volta volta volta volta VOLTA!!!!! - mas o grito não saiu.



segunda-feira, 9 de julho de 2007

O Tolo


É alto.
Se você olha para o abismo, você não segue de forma alguma, você não pula e fica e pára. Se você fica e pára e pensa, você não segue de forma alguma, você entra na espiral louca da mente, das milhões de possibilidades que aquele abismo pode te levar, para abismos ainda maiores e lugares ainda piores. Você pensa até que pode morrer se pular. Mas o que o pensamento não te deixa ver é que é morrendo que se vive para a vida eterna, que se você chegou no abismo, é que, onde você está já se esgotaram as possibilidades, que o rio lá em baixo é o Rio da Vida, e que este rio te leva para outro lugar, onde quer que seja, seja lá qual for, para fora deste abismo. Só o tolo pula pelo abismo, enquanto olha para a flor, tão linda flor que brilha no jardim, luz que clareia o mistério sem fim. Só a inocencia de não ver e Ver e ser guiado pelo Espirito até o Rio da Vida, para fora do abismo e da Exaustão.

domingo, 8 de julho de 2007

Dividindo as águas

e agora dezessete é quanto? é o quê? e me vem na cabeça tirar se u nom e da min ha caixa de desejos, ao menos o adesivo grande e chamativo, com seu nome em letras digitadas. Eu compre i uma máquina de escrever, sabia? e um sorriso, e am , que le gal! Foi só vinte reais... Mais Legal ainda! Mas dessa vez el e es tá vindo de vez... vindo ref azer a vida, e é nessa hora, que a Minha vida vira e desvira como um c a ra col, como um caracol que anda m uito, muito, devagar e é alcançado pelas ondas da beira da praia, sendo arrastado p'r0 mar, tão depressa como Iemanjá fugiu do marido. Fugiu do marido... e ela não receou um só instante, deve ser por isso que virou orixá. Eu estou com medo.

E nGanO

A IMPORTÂNCIA PESSOAL MATA!

O AMOR CURA TUDO

As vezes é bom escrever para não esquecer.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O Primeiro Passo:

Nunca gostei de insetos.

S opa de L etrinhas

achei que nunca mais viriam, mas é tão fácil e tão natural e orgânico e quem dera nunca mais viessem e eu me esquecesse como era tudo antes dessa música, de se iludir com um beijo, uma frase ou um olhar. Quem dera, ao menos uma vez, não viessem mais essas palavras, que agora só vem feias e bobas pra mim.
Me disseram u ma vez que Si é uma co-existência pro Dó. Me disseram outra vez que SiLa era meu nome num mundo mágico em que eu era uma cigana. Eu acho Si agudo demais, não gosto.
Eu tenho vergonha de dizer o que eu quero, porque eu estarei entrando de novo numa espiral louca e insana e gigantesca que va i crescer muito-mui to rápido e o quanto mais eu entro, masi perto da borda e u fico e mais me atiro no abismo.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Horizonte Distante

Por onde vou guiar
O olhar que não exerga mais
Dá-me luz, ó deus do tempo
Nesse momento menor
Pr'eu saber seu redor
(...)
Através eu vi
Só o amor é luz
E há de estar daqui
Até alto e amanhã
Quem fica com o tempo
Eu faço dele meu
E não me falta o passo, coração
Avante
A gente quer ver
Horizonte distante
A gente quer ver
Horizonte distante
Aprumar

*Los Hermanos

Sobre Música

Si

Wond'ring Again

estrelas e mar e tudo bem claro, céu com gosto e corpo vibrando, rostos azuis e olhos de caleidoscópio, um beijo de amor a primeira vista e cabelos de tangerina... dançamos pelas águas azuis-verde-rosa. cheiro de ser criança e ter colo.

Lesmas e Conchas na Areia

Comigo ele conversa pouco, até um pouco demais. Chegou e eu virei, indicando o caminho, fingindo que não ligava, demorou e chegou e sentou e beijou
[meu rosto.
Eu me apoiei e me abracei e me joguei num outro ombro, p’ra ver se conseguia chegar perto do dele, hipnotizada pelo som que saia daquela flauta, hipnotizada pela boca que fazia o som que saia daquela flauta, medindo o quão impossível é não ficar com olhos fixos naquilo, era surreal, mágico, orgânico. Pois ele tem olhos opacos que brilham vida e eu tenho vontade de me atirar nos seus braços e implorar pra que me leve pra um lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que come gente e não vive de amor.
Na minha cara estava estampado, idiotizada. Na dele estampada que ele percebia.
E daí ele deu um pulo pra fora da canga e do mundo, levou minha música e me deixou. Eu sozinha, eu dormi, eu dormi e sonhei com ele, um sonho tão real quanto impalpável, uma memória talvez. E quando ele voltou, longe do primeiro passo, passou o compasso do sonho e se estampou maior a luz néon na minha testa. Eu deitei e levantei e deitei, que comigo ele conversa pouco, até um pouco demais, e viemos conversando e eu sempre achando os pulos muito longos, q eu dessa situação eu não gosto, de estar idiotizada, de estar apaixonada, mas passa. Não é para se levar a sério...

sexta-feira, 29 de junho de 2007

aaaaaaaa, mas é suspiro? suspiro de banco vendo criancinhas correndo, de doce de açucar, de cheiro de perfume estragado entrando dentro de mim.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Como todo mundo entende:

odeio ver esse ausente no msn.

Rena de Nariz Vermelho

tudo vem vindo em espiral, em espiral, em espiral... que merda merda merda merda merda, e quantas vezes eu já não escrevi isso em quantos out ros blogs e words e cadern os, preto no branco, azul no laranja, branco no preto e eca! E C A! e o grito não sai, como nunca saiu, só sai gemido e birra e ciume pelos poros sujos de tinta e sangue. e o telefone que não toca, e que nucna tocou e vai continuar sem tocar, já eram três e vinte? pois já são oito e quarenta e já fo i d ito que não vai ligar mas eu continuo esperando, como que se um milagre fosse aco ntecer, como se pela min ha porta, na madrugada ele fosse entrar, lindo, soltar a mochila, sentar na cama e fumar um beck comigo. Mas ele nem fuma, ele nem está mesmo neste estado... ou é outro? é outro? outra... outra história, outra petropolis, são paulo, tijuca, méier, museu do índio. poi s os indios dão penas ao invés de flores, quando gostam da pessoa. eu dou desenho. e desenho ele, ele, ele ele ele eleelelelelele elelê! pará de choradeira, rapá? que isso aqui é uma quadrilha que num acaba jamais
Jamais.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Lepidópteros e Coleópteros

Mas ela comeu uma uva. Mesmo sabendo que não devia, mesmo tendo, o fauno, orientado-a de que haveria uma mesa com banquete e que, de forma alguma, ela deveria tocar na comida, que era caso de Vida ou Morte, dela. Ela comeu uma uva, e duas e três. E não parou de comer mesmo quando viu aquele monstro horroroso colocar olhos nas palmas nas mãos e devorar as fadinhas-coleópteros, uma por uma....
O banquete era irresistível, as uvas eram irresistíveis, para ela, que era fraca. Para ela, que não tinha força de vontade. Sua alma já era mortal e nunca mais voltaria a ser princesa do reino subterrâneo de fantasias.
No entanto, quando deram um tiro no meio da cabeça dela, ela caiu e voltou pro reino, por conta de um monte de pieguices.
Penso o tempo todo em dar um tiro na minha cabeça, mas acho que não ia funcionar...

domingo, 3 de junho de 2007

Uma Delas

Mergulhe em si próprio e sonde as profundidades de onde jorra a sua vida. Só desta maneiraencontrará resposta à pergunta: Devo criar? De tal resposta recolha o som, sem desvirtuar sentido. Talvez chegue a conclusão de que a Arte o chama. Neste caso, aceite o seu destino e siga-o, com o seu peso e a sua majestade, sem jamais exigir uma recompensa que possa vir de fora. O criador deve ser um mundo para si próprio.
"Cartas a um jovem poeta"; Rilke

sábado, 2 de junho de 2007

Corpos






Eles são muito estranhos, muito mesmo. que tem essa forma assimétrica e dedos. caramba, o que são dedos?! é muito esquisito mesmo, e as ventosas... ai. dá até um pouco de nojo. E aquelas coisinhas duras nas pontas dos dedos, ecoow, unha. Não faz o menor sentido, você corta e cresce de novo. E eles todos são estranhos, tem pêlos concentrados em só algumas partes, num canto liso, noutro todo enroladinho.
E fedem quando as peles se tocam. tem bolinhas e
formatos estranhos. tem buracos: "umbigo" ârrg.
"mergulhe em si próprio e sonde as profundidades de onde jorra a sua vida. Só desta maneira encontrará resposta à perdunta: Devo Criar? (...)"

domingo, 20 de maio de 2007

a mente dispersa torna-se alvo fácil,
é preciso concentração, firmeza no caminho.

Caminho entre os mundos


domingo, 6 de maio de 2007

Das Cordas que Vibram

Cantar é jejuar, é criar um corpo sem órgãos, é Ver com v maiusculo. Quando se Vê, se ouve uma voz que te diz Tudo, você não ouve mas ouve, é como uma miração, você Sabe tudo o que tem que saber e nenhuma argumentação é necessaria, você Vê. Cantar é assim. As cordas vibram dentro da garganta, quando bate o vento gelado e dói e você põe a mão sobre ela, a mão quente na garganta gelada de vento gelado: Ai, dói. Você diz. Mas não dói mais do que Cantar no tom errado, fazendo um corpo sem órgãos decadente, odioso e nefasto, sabendo que está fazedo errado, quebrando as vidraças só de vibrar as cordinhas... e Ai, dói, na garganta, dói, perceber que não passou na prova e não está passando, mesmo depois de já ter aprendido a lição. Depois de frequentar a aula, e repetir e fazer e repetir e fazer de novo e repetir. Vem a mesma prova, a mesma questão de química de corpos sem órgãos e... Erra. É cobrir a sua garganta com a mão quente e perceber que o vento já está dentro da carne fria e já está congelando as cordas, arranhando e rasgando tudo... tudo, e se irritar com essa janelinha que pisca no canto direito do seu computador, que pisca, pisca pendurada em nada, pisca e irrita só por existir, essa luz laranjinha que diz nada, no canto que não sai da sua boca.
Boca feita pra comer e nunca, nunca para cantar.

domingo, 22 de abril de 2007

Querida Prudence,

E aí ela saiu, como eu disse que faria. Olhou p'ra fora e olhou p'ro sol e olhou p'ro céu e voou.
Saiu, como eu disse que faria, saiu para brincar. E o sol estava alto e o céu estava azul e era assim quase tão bonito quanto o seu sorriso escondido.
Saiu olhando em volta.... olhando tudo em volta... voando feito água viva, feito Água Viva. Olhando sem objeções ou julgamentos, olhando como que para um caleidoscópio, no céu com diamantes, voando alto até as estrelas, passando pelos anjos e nuvens e arabescos.